Por Ricardo Stumpf Alves de Souza

domingo, 26 de agosto de 2012

Rapidinhas

Eleições municipais no Brasil

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Perdas

     Há muitos anos atrás, 37 para ser mais exato, no dia 27 de agosto de 1975, nascia meu filho José.
     Ele viveu apenas três dias, pois seus pequeninos pulmões ainda não estavam completamente formados, já que ele veio ao mundo prematuramente, com apenas 6 meses e meio de gestação.
     Os três dias de vida de José, a quem eu e minha companheira chamávamos carinhosamente de Zezinho, foram passados dentro de uma incubadora, em um hospital público de Porto Alegre. Um casal jovem e sem recursos, em plena ditadura militar, pouco podia fazer para valer seus direitos. José morreu no dia 30 e só pude carregá-lo nos braços dentro do seu pequeno caixão, para o cemitério João XXIII, numa manhã de sol.
     Uma vida de apenas três dias que deixou um vazio impossível de preencher.
     Hoje, 37 anos depois, ainda sinto sua ausência e me recordo sempre dele nesta data, lamentando que, se fosse hoje, possivelmente ele poderia ser salvo pelos avanços da medicina.
     Neste dia sinto por todos os pais do mundo que já perderam filhos que, pequenos ou grandes, não importa a idade, deixam uma dor incurável nas nossas vidas.

Poesia da semana


Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

Mário Quintana

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