Por Ricardo Stumpf Alves de Souza

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O Paiz
 
 
Dobrando a esquina
 
 
     Os últimos redutos da direita no Brasil, estão sitiados pelos partidos da base governista.
     Principalmente São Paulo e Salvador, tornaram-se disputas ferrenhas, onde ainda há uma polarização ideológica entre direita e esquerda. Pode-se acrescentar ainda Manaus, onde um dos maiores adversários dos governos do PT e desafeto pessoal do ex-presidente Lula, Arthur Virgílio Neto, vai para o segundo turno com a deputada Vanessa Graziotin, do PCdoB.
     Lula e Dilma devem jogar todo o peso de sua influência nessas eleições, para jogar uma pá de cal sobre as últimas lideranças neoliberais brasileiras, avançando para a extinção dos partidos que representam as idéias neoliberais no Brasil, PSDB e DEM.
     De resto houve uma mistura tão grande na chamada "base aliada", que gente que ontem era inimiga jurada, hoje faz aliança alegremente sob a bandeira da tal base governista. Não dá mais pra identificar ideologias.
     Na verdade a estratégia do PT, e mais especificamente de Lula, que vem se revelando um grande estrategista político, é justamente diluir os adversários dentro de uma imensa base sem ideologia definida, enquanto fortalece sua sigla partidária, e vai levando ao desespero os que ainda insistem em fazer oposição às suas bem sucedidas políticas de desenvolvimento com distribuição de renda.
     Com isso, a conjuntura política do Brasil parece estar dobrando uma esquina, deixando para trás a velha rivalidade entre partidos de esquerda e direita, e enveredando por novas demandas da sociedade, que agora exige um aperfeiçoamento democrático, focando suas exigências no combate à corrupção, a criminalidade, lutando pela inclusão de setores antes discriminados da sociedade, pela igualdade de gênero e raça, pelo fim da pobreza, pelo funcionamento rápido e equânime da justiça, pelo aperfeiçoamento do sistema de ensino voltado para a criatividade e a inovação, que tanto nos faz falta para atingirmos um patamar de país desenvolvido.
     O ataque frontal aos últimos bastiões da direita, é necessário para virar esta página e permitir ao país se postular novos objetivos, se quisermos alcançar as metas de desenvolvimento anunciadas e desejadas por todos nós.
     Dentro dessa nova realidade vem se destacando o PSOL, que tem sabido incorporar toda essa ânsia de aperfeiçoamento democrático com a construção de uma sociedade mais complexa e mais voltada para o conhecimento. Seus candidatos passaram a representar aquilo que o PT representou no passado, uma alternativa de futuro, e já vem disputando posições em cidades importantes, onde a geléia geral da tal base aliada já vai perdendo o sentido, por não ter mais nada de novo a propor.
     Assim, enquanto o PT vai cumprindo seu papel histórico de virar uma página da política brasileira, deixando de ser uma antítese ao poder da direita e passando a ser uma síntese de tudo que sobrou, novas teses vão se formando, dentro do processo dialético da civilização brasileira, que caminha a passos largos para recuperar o tempo perdido e ocupar seu lugar num mundo que muda rapidamente.
        
     
Rapidinhas
 
Eleições em Rio de Contas geram impasse
 
 
     A vitória do atual prefeito em Rio de Contas, pela estreita margem de 3% só aprofundou a divisão na cidade.
    Nem mudança, nem aceitação da continuidade.
    Rio de Contas amanheceu mais dividida do que já estava, prenunciando dias difíceis para uma administração que já era rejeitada por grande parte dos eleitores.
     O desafiante, Dr. Cristiano, cometeu alguns erros graves no final da campanha, colocando pessoas cromprometidas com o passado coronelista da cidade para falar no palanque, gente que não era candidata a nada e que só representava o passado e que assustou um pouco um eleitorado que pedia por mudanças.
     As confusões entre o PT local e o PT estadual, fizeram com que a eleição de vereadores permanecesse indefinida, até que a justiça resolva a questão, sobre se os candidatos do PT pertencem à chapa do 55 ou do 12. Enquanto isso, permanece o impasse sobre quem serão os representantes eleitos.
Guerra e paz
 
 
 
     Enquanto o mundo parece continuar apostando na guerra para resolver seus problemas, o Brasil insiste numa política de paz, que já é tradicional na nossa diplomacia.
     Agora mesmo, Síria e Turquia estão às portas de uma nova guerra, que só vai levar morte, destruição e sofrimento para seus países, enquanto Brasil, Uruguai e África, por iniciativa brasileira, tentam reativar a Zona de Paz do Atlântico Sul, uma proposta para manter afastado de nós esse flagelo primitivo, que significa tentar resolver as diferenças pela violência.
     Os países belicistas, acusam a política brasileira de ficar em cima do muro, quando se trata de conflitos internacionais, mas nossa história prova que temos razão.
     Agora mesmo o presidente Santos, da Colômbia, se rendeu ao nosso pragmatismo e resolveu abrir negociações com as FARC, grupo guerrilheiro que mantém aquele país em estado de guerra há 50 anos.
     Esperamos que as negociações sejam bem-sucedidas e que a paz desça definitivamente sobre nosso continente, que precisa canalizar suas energias para o crescimento e o progresso sustentável.
    
Poesia da Semana
 
        TABACARIA
    Não sou nada.
    Nunca serei nada.
    Não posso querer ser nada.
    À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
    Janelas do meu quarto,
    Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
    (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
    Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
    Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
    Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
    Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
    Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
    Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
    Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
    Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
    E não tivesse mais irmandade com as coisas
    Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
    A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
    De dentro da minha cabeça,
    E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
    Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
    Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
    À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
    E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
    Falhei em tudo.
    Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
    A aprendizagem que me deram,
    Desci dela pela janela das traseiras da casa.
    Fui até ao campo com grandes propósitos.
    Mas lá encontrei só ervas e árvores,
    E quando havia gente era igual à outra.
    Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
    Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
    Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
    E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
    Gênio? Neste momento
    Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
    E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
    Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
    Não, não creio em mim.
    Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
    Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
    Não, nem em mim...
    Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
    Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
    Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
    Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
    E quem sabe se realizáveis,
    Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
    O mundo é para quem nasce para o conquistar
    E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
    Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
    Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
    Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
    Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
    Ainda que não more nela;
    Serei sempre o que não nasceu para isso;
    Serei sempre só o que tinha qualidades;
    Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
    E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
    E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
    Crer em mim? Não, nem em nada.
    Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
    O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
    E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
    Escravos cardíacos das estrelas,
    Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
    Mas acordamos e ele é opaco,
    Levantamo-nos e ele é alheio,
    Saímos de casa e ele é a terra inteira,
    Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
    (Come chocolates, pequena;
    Come chocolates!
    Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
    Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
    Come, pequena suja, come!
    Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
    Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
    Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
    Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
    A caligrafia rápida destes versos,
    Pórtico partido para o Impossível.
    Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
    Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
    A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
    E fico em casa sem camisa.
    (Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
    Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
    Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
    Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
    Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
    Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
    Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
    Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
    Meu coração é um balde despejado.
    Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
    A mim mesmo e não encontro nada.
    Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
    Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
    Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
    Vejo os cães que também existem,
    E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
    E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
    Vivi, estudei, amei e até cri,
    E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
    Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
    E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
    (Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
    Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
    E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
    Fiz de mim o que não soube
    E o que podia fazer de mim não o fiz.
    O dominó que vesti era errado.
    Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
    Quando quis tirar a máscara,
    Estava pegada à cara.
    Quando a tirei e me vi ao espelho,
    Já tinha envelhecido.
    Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
    Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
    Como um cão tolerado pela gerência
    Por ser inofensivo
    E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
    Essência musical dos meus versos inúteis,
    Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
    E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
    Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
    Como um tapete em que um bêbado tropeça
    Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
    Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
    Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
    E com o desconforto da alma mal-entendendo.
    Ele morrerá e eu morrerei.
    Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
    A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
    Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
    E a língua em que foram escritos os versos.
    Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
    Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
    Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
    Sempre uma coisa defronte da outra,
    Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
    Sempre o impossível tão estúpido como o real,
    Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
    Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
    Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
    E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
    Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
    E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
    Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
    E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
    Sigo o fumo como uma rota própria,
    E gozo, num momento sensitivo e competente,
    A libertação de todas as especulações
    E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
    Depois deito-me para trás na cadeira
    E continuo fumando.
    Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
    (Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
    Talvez fosse feliz.)
    Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
    O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
    Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
    (O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
    Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
    Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
    Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
Fernando Pessoa
Mudar
 
 
     Há muitos momentos na vida em que precisamos mudar. Quando somos crianças, mudamos constantemente, acompanhando nosso corpo e nossa mente que crescem, recebendo a formação e as lições de vida daqueles que cuidam de nós, nos alimentam e educam.
     Depois vem a fase difícil da adolescência, quando nosso corpo se transforma finalmente naquilo que vamos ser e desabrochamos para uma vida plena de adultos. Então entramos numa fase de transição rápida, quando passamos a ter uma vida sexo-afetiva, e viramos cidadãos, com documentos: identidade, título de eleitor, carteira de motorista, de reservista para os rapazes, de trabalho, certidão de casamento, etc.
     Logo nos vemos à frente de muitas responsabilidades, como cuidar de filhos e de uma família, dando-lhe sustento e provendo o mesmo cuidado que recebemos no início de nossa vida.
    Então vem as responsabilidades profissionais, que exigem de nós mais responsabilidades,  maturidade, competência, capacidade de trabalho e conhecimento técnico específico de uma atividade, que será o nosso ganha pão durante o resto da vida.
     Para os que tiveram a felicidade de se graduar em alguma profissão de nível superior, isso implica em melhorar constantemente, valorizando seu currículo e adquirindo mais e mais conhecimentos com a experiência profissional que se acumula.
     Depois vem a fase em que nossos filhos entram na adolescência e passam a nos desafiar, tentando se afirmar sobre nossos conceitos, e passamos à defensiva, numa fase difícil também para pais e mães.
     Logo eles se vão de casa, cuidar de suas próprias vidas e nos quedamos com as lembranças deles, tendo que nos adaptar à uma vida que de repente se esvaziou. Aí entramos na fase de cuidar daqueles que nos cuidaram e que já tendo atingido a velhice, agora necessitam de nossa atenção.
     Quando eles se vão, já estamos entrando na nossa própria velhice e vem a fase da aposentadoria, em que temos que nos adaptar novamente a uma vida que se esvaziou mais ainda, sem filhos, sem trabalhos, até que, finalmente, precisemos também de alguém para cuidar de nós.
     Embora esse roteiro seja mais ou menos parecido para todos, com variações que a sorte e o destino nos preparam, a verdade é que estamos sempre mudando nesse itinerário terrestre, e isso quase nunca é fácil.
     Daí vem o aprendizado. Daí vem o sentido da vida, para que quando cheguemos ao final deste caminho, que todos temos que percorrer, uns mais outros menos, possamos dizer que aprendemos alguma coisa, que nosso espírito evoluiu alguns passos, que tiramos algumas lições do nosso caminhar.
     Mas a verdade é que nem todos evoluem. Conheço pessoas que se orgulham de não mudar nunca, de serem sempre as mesmas, como se isso fosse uma virtude.
     Conheço também pessoas que são verdadeiros vulcões, em eterna erupção, deitando lava que vai se transformando em pedra pelos caminhos onde passam, tal seu furor de transformação, sem que consigam tirar alguma conclusão de tantas transformações que experimentam pela vida.
    Outros simplesmente passam pela vida a contemplá-la, sem vontade de fazer nada, de ser nada, apenas deixando o tempo passar e sendo levadas pelas circunstâncias.
     Enfim, as experiências humanas de vida são tão variadas que seria impossível estabelecer uma gradação no que diz respeito às mudanças, já que estamos em constante movimento, como todo o universo.
     Mas há uma experiência sublime, capaz de nos fazer avançar profundamente no espaço da consciência, que age sobre nós como um casulo de borboleta, transformando um ser rastejante em um belíssimo e fugaz ser alado, capaz de irradiar beleza, consagrando a mudança como instrumento evolutivo da natureza.
     É o amor, que quando chega, muda tudo. Ele não tem hora para chegar. Pode chegar na época da reprodução, quando somos jovens e nos sentimos fortemente atraídos para uma vida conjugal, pode vir na tenra infância ou mesmo na velhice, nos surpreendendo com suas luzes e cores.
     Há aqueles que passam pela vida sem sentir essa grande transformação. Esses perderam a oportunidade de fazer sua maior mudança. Há aqueles que se iludem e confundem os chamados do corpo ou da solidão com esse sentimento profundo. E há aqueles que passam por ela e sofrem, mas mesmo assim foram abençoados pela luz da mudança mais profunda pela qual um ser humano pode passar e que nos aproxima mais dos mistérios do criador.
     Por isso, não devemos temer as mudanças. Elas sempre nos trazem algo novo, alguma coisa da qual sempre podemos tirar alguma lição. Ou como dizia aquele filósofo: mudo porque penso.
     Melhor ainda, poderíamos dizer: mudo porque estou vivo.