Por Ricardo Stumpf Alves de Souza

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O Paiz
Alguém se lembra da Reforma Agrária?
     Depois de 10 anos de governo do PT, sendo dois de Dilma Roussef, que fim levou a reforma agrária, outrora uma poderosa bandeira petista?
     Parece que no poder o PT se esqueceu dos sem terra, preocupado em fazer a economia capitalista prosperar.
     O governo Dilma tem feito grandes ajustes na economia, tratando de reativá-la para superar os problemas criados pela Europa e Estados Unidos em crise, clientes tradicionais dos nossos produtos, e para conseguir competir com a indústria chinesa, que invade nosso mercado.
     Depois  dos quase 20 anos de ajuste fiscal comandado pelo FMI, o Brasil teve que correr atrás do prejuízo na infraestrutura, recomeçando a construir portos, aeroportos, ferrovias e rodovias, além de mudar o perfil da economia, abaixando juros, impostos e tudo aquilo que eles chamam de "custo Brasil".
     Tudo isto está sendo feito rapidamente pela eficiente equipe de Dilma Roussef, mas a reforma agrária, que poderia mudar o campo, reforçando tremendamente a produção agrícola familiar  brasileira, vai ficando esquecida, enquanto nossa agricultura depende cada vez mais do agronegócio baseado nos latifúndios, em detrimento dos assentamentos agrícolas, cuja ineficiência coloca em cheque toda a política agrária de distribuição de terras.
     Não basta dar a terra, mas é preciso ter uma política agrícola para os assentados.
     Alguns estados do sul levam à sério a assistência técnica ao pequeno produtor e produzem muito, como Santa Catarina, mas o nordeste e os assentamentos, em sua maioria, são um desastre nesta área. 
     As obras de transposição do Rio São Francisco, junto com projetos de irrigação e os assentamentos, poderiam acabar com o flagelo da seca e tornar a região uma grande produtora agrícola, acabando com a pobreza no campo e diminuindo-a nas cidades nordestinas, mas parece que os governos da estrela vermelha se esqueceram disto.
     Reforma agrária não pode ser apenas um programa de assentamento de sem terras, é preciso que venha acompanhada de técnicas, financiamento de sementes, infraestrutura para escoamento da safra e assistência aos assentados que, sem isso, ficam na dependência de esmolas do governo para continuar na terra com baixíssima produtividade.
     Está na hora de dar uma virada no setor, ampliar a reforma agrária e aprofundar seu sentido econômico ou ela simplesmente vai fracassar. A não ser que a prioridade para o PT seja mesmo o grande capital e não o trabalhador.
      
        
Rapidinhas

Antiga sede de O Paiz no Rio de Janeiro
 
Termina o blog Segunda-feira
     Prezados leitores, no início de janeiro de 2013, este blog deixará de se chamar "Segunda-feira" e passará a ser apenas "O PAIZ", em homenagem ao antigo jornal carioca, cujo último editor foi meu tio-avô, Antônio Alves de Souza.
     Passo a dividir a responsabilidade de escrever com Adriano Araújo, autor do "Blog do Dico", que também deixará de ser publicado. Continuaremos a publicar no início da semana.
     Juntos poderemos inserir mais artigos e informações. Eu continuarei com meu artigo de fundo sobre política, com as rapidinhas e com as séries (atualmente Delícias de Rio de Contas). Adriano se dedicará à arte: música e artes plásticas principalmente, além de poesias e do futebol.
     Ao longo do tempo, certamente, desenvolveremos outros interesses comuns, sempre no sentido de enriquecer o blog e entreter nossos leitores. 

E o mundo não se acabou...

     A onda de que o mundo iria se acabar dia 21 de dezembro tomou conta do planeta. Uma besteirada de quem não tem o que fazer. Muita gente impressionavel se preparou para um fim trágico e agora parece decepcionada  por não ter morrido. Patético.
     Enquanto isso os descendentes dos verdadeiros maias preparavam grandes e silenciosas manifestações para mostrar que ainda estão vivos.

ETs?
     Arqueólogos acharam esses corpos com crânios alongados em um cemitério pre-histórico mexicano. Agora estão dizendo que os crânios foram deformados intencionalmente para diferenciar classes sociais.
     Conta outra, isto é um extra-terrestre, evidentemente.
     Nenhuma cultura tão antiga (mil anos) teria capacidade de deformar um crânio e as aberturas dos olhos desta forma.
Feliz Natal
     Depois de um ano de muitas mudanças e grandes transformações, chegamos ao final de 2012. Coisas boas e ruins aconteceram e a minha vida, de participante da aventura humana na Terra (como diz o rock "A Pequena Eva"), também  mudou muito. Perdi minha mãe, encaminhei meus filhos e ganhei um grande amor.
     Não posso me queixar de nada, só agradecer a esta força divina que rege o universo e a todos vocês, meus leitores, por este contato semanal tão importante para mim.
     Um feliz Natal a todos e que Deus abençoe e ilumine à família humana.
     Um grande abraço a todos.

Ricardo Stumpf Alves de Souza
Projeto Tamar

    O tanque das arraias no Projeto Tamar

 O Projeto Tamar, na Praia do Forte, ao norte de Salvador, continua um passeio fantástico para levar as crianças e ensiná-las sobre a importância da preservação ambiental, especialmente de espécies marinhas ameaçadas como as tartarugas.
     Eu que tinha feito esta visita há 16 anos atrás, fiquei impressionado com os novos aquários, especialmente os de arraias e tubarões. No das arraias, os visitantes são estimulados  tocar os bichos (cujos ferrões foram retirados). Elas parecem gostar do contato e ficam se exibindo para os visitantes.
     A textura de sua pele parece a de um tapete, com pequenos pelos macios. Uma delícia.
     O tanque dos tubarões lixas também é impressionante. Vê-lo passar a centímetros da gente, com sua figura imponente e sinistra causa uma impressão muito forte.
     O projeto está se tornando um verdadeiro aquário marinho. Pena que os ingressos sejam tão caros (R$16,00 inteira e R$8,00 a meia), como tudo na Praia do Forte, que virou um recanto para ricos.
     Ecologia 10 X 0 democracia. Deviam aprender com Jericoacoara, no Ceará, que criou um parque nacional nas dunas, e mantém um comércio para todas as classes sociais. Querer impedir a destruição do ambiente natural nivelando pela renda, é anti-democrático. Existem outras formas de evitar a farofa dos ônibus populares.Afinal se os pobres poluem, os loteamentos e resorts dos ricos destroem muito mais.