Por Ricardo Stumpf Alves de Souza

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Rapidinhas 

Adeus ao topete
     Pra quem tem mais de trinta anos, é fácil lembrar do Presidente Itamar Franco, no exercício do poder.
     Apesar de mineiro, Itamar tinha topete bastante para enfrentar alguns poderosos da época, como Antonio Carlos Magalhães, que o ameaçou com o conteúdo de uma famosa pasta cor de rosa, onde haveriam denúncias contra ele. Itamar convocou ACM ao palácio e quando este entrou no seu gabinete, mandou entrar a imprensa e disse: "pronto governador, pode revelar o que o senhor tem contra mim". ACM não tinha nada e saiu desmoralizado.
     Itamar assumiu no lugar de Collor, envolvido em escândalos de corrupção e derrubado por um impeachmeant. Com seu jeitão esquisito, conseguiu restaurar a confiança no governo, ajeitar a economia e colocar o Brasil num rumo duradouro. Antes disso foi um lutador contra a ditadura, dando muitas dores de cabeça aos militares.
     Um homem digno.
Naufrágio à vista

     O novo pacote do FMI para a Grécia, que exige a demissão de 1/4 da força de trabalho do país, redução de salários, aposentadorias, aumentos de impostos, etc, para salvar os bancos alemães e franceses que agiram irresponsavelmente emprestando dinheiro sem garantias, tem cheiro de desastre iminente.
     O povo grego tem uma longa tradição de lutas políticas e não deve se subordinar docilmente a este novo absurdo, imposto por um partido que se proclama socialista, mas que na verdade não passa de um partido social-democrata totalmente rendido ao neoliberalismo, que ainda dirige os destinos da União Européia.
     A revolta grega, assim como a revolta dos "indignados" na Espanha, aponta para um novo ciclo político no continente, em que a governança econômica deve passar a se subordinar ao poder político. Isso pode significar um giro para a esquerda nos países atingidos pela crise do Euro.
     A bancarrota da Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, deve provocar intensos movimentos sociais e talvez até a saída de alguns desses países da zona do Euro, agravando a crise na economia dos países ocidentais, o que deve se refletir nos Estados Unidos também.
     Com a Europa e os Estados Unidos cada vez mais em baixa, reféns das aventuras dos banqueiros, a China deve ir às compras, entrando no mercado europeu e adquirindo empresas em dificuldades financeiras.
     Talvez sobre também para os outros BRICS, entre os quais o Brasil, que poderiam ver nesta crise uma oportunidade de expansão de suas empresas transnacionalizadas.
     Enquanto eles insistem no esqueminha neoliberal e vão se afundando, os Brics seguem crescendo, apesar dos solavancos, o que inclui toda a América Latina à reboque do Brasil, toda a Ásia, a reboque da China, e agora também a África, a reboque da África do Sul. Como já dizia Camões:
 Cessa tudo quanto a antiga musa canta, quando um poder mais alto se alevanta.

Será que eles foram lá?
                                            A "nova" nave Orion
Os americanos anunciam que as próximas naves que vão substituir o chamado ônibus espacial, retomarão o design das antigas cápsulas Apollo 11, que em 1969 foram responsáveis por levar os astronautas americanos à lua.
     Agora vejam se isso entra na cabeça de alguém. Os ônibus espaciais, muito maiores e confortáveis, nunca saíram da órbita terrestre, para sequer dar uma volta em torno da lua, em mais de 30 anos de serviço. Como acreditar que uma pequena cápsula, que na época era toda analógica, teria conseguido este feito?
     Eu tinha 18 anos quando isso aconteceu e me lembro dos mais velhos na época dizendo que era tudo mentira. A gente ria deles, chamava de atrasados, etc, mas depois, lendo as denúncias sobre uma suposta fraude nesta ida à lua, comecei a ficar na dúvida.
     Pra quem nunca leu nada a respeito, os indícios da fraude estariam nas sombras projetadas pelo módulo lunar pousado na lua, em 1969, pois em algumas fotos elas se projetam em direções diferentes, como se as sombras fosse provocadas por refletores.
      Como os americanos treinavam seus astronautas num deserto onde as condições geológicas são muito semelhantes às da lua, poderia ter havido uma fraude, cujo objetivo seria "vencer" a corrida espacial que eles travavam com os russos.
     Nunca nada ficou provado, nem os russos denunciaram nada.
     Agora, parece que o tempo voltou atrás e estamos de volta a 1969.
            A sombra da bandeira parece ir na direção oposta à do astronauta.