Por Ricardo Stumpf Alves de Souza

domingo, 12 de agosto de 2012

Rapidinhas
Show de humor
     O desfile dos advogados de defesa dos réus do mensalão está se tornando realmente um espetáculo de humor. Não, sei, nunca ouvi falar, não tenho a menor idéia, isso tudo é invenção...
     Coitadinhos tão inocentes!
     Tem um que se chama Jacinto Lamas.
     Ô dó! Quem foi esta mãe cruel que previu o destino deste pobre?
     Espero que ele consiga provar sua inocência para fugir ao destino prenunciado pelo seu nome.
     E ainda falaram mal do Tiririca quando ele se candidatou.
     Quem disse que humorista não serve pra ser político?
Dia dos pais
     Vou pedir licença ao meu amigo Altemar, do blog Notícias de Rio de Contas, para reproduzir esta maravilhosa charge sobre este dia, e a campanha para que os filhos comprem presentes para seus pais. As imagens dispensam explicações.

Umbuzeiro

     Em 2001 trabalhei por seis meses na cidade de Itaberaba, em pleno semi-árido baiano.
     Lá pude conviver e entender um pouco mais o que é esse bioma fantástico, chamado caatinga, e tão estigmatizado pela sua agressividade ao homem.
     Uma verdadeira farmácia, cheia de ervas medicinais importantíssimas, que se fossem pesquisadas talvez nos trouxessem a cura de muitos males que afligem os seres humanos.
     Dentre toda aquela vegetação tão diferente, uma árvore sobressai pelas suas qualidades de dar água (que armazena em bulbos nas suas raízes), frutos (o delicioso umbú) e sombra, em meio à paisagem mais seca do sertão.
     Mexendo nos meus arquivos, achei esta poesia que fiz naquela época em homenagem ao umbuzeiro, à caatinga brasileira e à cidade de Itaberaba.
    

Umbuzeiro
Que dá sombra
E fruta fresca
No meio da caatinga.
Você, como o Umbu-Cajá
E o Cajá-Manga
Oásis e remansos
Do agreste brasileiro.
Me explique, como pode
Uma natureza
Tão agressiva
Frutificar tão protetoramente?
Que gente é essa
Que mora aqui
De onde vieram...
Há quanto tempo vieram?
Terão eles adquirido
Esse contraditório da natureza
Agressivos e espinhentos
Mas capazes dos frutos mais doces?
Suas lágrimas
Serão como seus rios
Intermitentes
E salgados?

Seus corações
Lagoas
Que se enchem e secam
Com a mesma facilidade veloz?
Quem são seus ancestrais?
Aborígenes
Que deixaram pinturas nas pedras
Por toda parte!
Quem são eles
Quem sou eu
No meio deles
No meio dessa aridez?
Dá-me tua sombra generosa
Pé de umbu
Para que eu também me refaça
Sob tua espinhenta proteção.
Deixe-me entender
Tua mensagem agridoce
De equilíbrio e resistência
De elo com o mistério dos antepassados.
Ensina-me essa magia
Da fartura e da fertilidade
No meio das pedras
E do sal

Ricardo Stumpf Alves de Souza - 2001



Nenhum comentário: