Por Ricardo Stumpf Alves de Souza

domingo, 10 de junho de 2012

Rapidinhas
Eu sou o 132
     Esse é o nome do movimento estudantil que está tomando conta do México.
     O movimento começou depois que o candidato do PRI, um partido que já governou o México por 70 anos, foi vaiado numa universidade e chamado de assassino.
     O motivo de tudo é que esse candidato, chamado Peña Nieto, já foi governador de um estado mexicano e mandou reprimir uma manifestação, há alguns anos atrás, causando a morte de muitas pessoas. O político reagiu dizendo que a vaia e os xingamentos haviam sido obra de "meia dúzia de extremistas", infiltrados na platéia onde ele fazia sua palestra.
     Os 131 estudantes que estavam presentes no ato contra Peña Nieto reagiram, mostrando suas carteiras de estudante e fazendo questão de se identificar para provar que não eram apenas meia dúzia. A solidariedade, então, se espalhou pelos outros campus universitários do país, onde todos os estudantes agora fazem questão de dizer que eram o centésimo trigésimo segundo estudante, querendo mostrar que a rejeição a Peña Nieto é muito maior do que ele pretende admitir.
     O movimento já fez com que o candidato perdesse vários pontos na pesquisa para o primeiro turno das eleições presidenciais, que ocorrem dia primeiro de julho.
Hora de poupar

     As nuvens negras no horizonte da economia mundial, já estão fazendo o consumidor brasileiro ficar mais cauteloso.
     Apesar dos estímulos do governo para aumentar o consumo, o medo da crise está fazendo com que os brasileiros prefiram quitar suas dívidas antes de se lançar em novas aventuras consumistas.
     O consumo é uma boa locomotiva para a economia, mas tem limites, já que é feito a base de crédito, o que significa endividamento.
     Melhor seria estimular a poupança, de preferência em bancos estatais, que não correm o risco de ir à falência. Assim o governo tem dinheiro para investir em grandes obras e gerar emprego e renda, e não há riscos para o consumidor e nem para o país.
     Como dizia o velho anúncio da formiguinha: quem guarda tem.

Ray Bradbury
     Outro dia, conversando com uma amiga, falei do meu apreço pelos filmes da Disney. Minha amiga ficou surpresa: você gosta da Disney? Talvez pela minha postura muito crítica em relação aos Estados Unidos, principalmente a sua política externa, ela pensava que eu não podia gostar de nada que eles fizessem.
     Pelo contrário, adoro os filmes da Disney, sem violência, sempre com um conteúdo adequado, familiar e com mensagens positivas. Como sou cinéfilo, acompanho desde menino as obras deles. Os clássicos, como A Bela Adormecida, Bambi (hoje considerado um precursor do movimento ecológico) e outros, marcaram minha infância. Mas eles continuam fazendo coisas muito boas até hoje e também se destacam como empresa que respeita os direitos humanos.
     Mas não é só a Disney que eu admiro. Na juventude fui um leitor entusiástico dos autores de ficção científica americanos. Li quase tudo de Isaac Asimov (um russo naturalizado americano), de Arthur Clarke e de Ray Bradbury. Por isso foi com muita pena que li sobre sua morte, aos 91 anos. Suas Crônicas Marcianas foram um dos primeiros livros de ficção científica que li e me ajudaram a abrir a mente para as possibilidades do futuro. Farenheit 451, que vi no cinema, na obra de François Truffaut, também foi marcante na minha formação. Sobre uma sociedade onde os livros eram proibidos e os bombeiros serviam para procurá-los e queimá-los.
     Inesquecível a cena final em que uma mulher ateia fogo aos livros que guardava secretamente, enquanto contempla com um sorriso irônico um exemplar de Mein Kampf, de Adolf Hitler, como a nos dizer que o futuro poderia nos trazer coisas muito piores do que o nazismo.
     Muito devemos a estes autores e sua capacidade de prospectar o futuro.


Exposição de Silvio Jessé

     Recebi o convite do professor e artista plástico Silvio Jessé, que estará com uma exposição de estampas Santo Antoninas, no dia 15 de junho, às 20,00h, no Ânimapop, Espaço de Decoração e Moda, na Av. Jorge Teixeira, 960, bairro Candeias, em Vitória da Conquista, na Bahia.
     Pela qualidade do artista, não dá pra perder.


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