Por Ricardo Stumpf Alves de Souza

sábado, 17 de setembro de 2011

Saudosismo e Facebook

     Pois é, amigos leitores, outro dia me inscreveram numa comunidade do Facebook (Brasília 1960), sem me consultarem, dessas que a gente reencontra gente de muitos anos atrás. Fiquei curioso e comecei a olhar as pessoas que estavam na lista. Não me lembrei de quase ninguém, mas recebi algumas mensagens de gente que me conhecia.
     Alguns eu me lembrei quem eram, outros não, pois não tenho o hábito de ficar cultivando coisas antigas, pelo contrário, meu costume é ir deletando tudo e sempre olhando pra frente.
     Mas fiquei impressionado com o espírito saudosista de pessoas que parecem ter parado no tempo.
     Alguns, aposentados, parecem viver do passado, como se não tivessem mais nada a ganhar da vida. Lembram-se de velhos produtos que não existem mais, de velhos hábitos e uma senhora me mandou um anúncio do Fusca 1961, acompanhado de uma legenda onde se lia: "bons tempos".
     Francamente, não acho que 1961 tenha sido um tempo bom. Me lembro da renúncia de Janio Quadros, da CASEB, colégio em que estudei em Brasília e do qual não tenho boas recordações. Me lembro também do atraso em que vivíamos, num país em que não havia divórcio, analfabetos não podiam votar, as mulheres tinham que ser submissas aos homens, os filhos tinham que ser obedientes e de muita caretice, como festas de debutantes, cabelos cortados à escovinha e coisas do gênero.
     Me lembro também do machismo reinante, dos assassinatos de mulheres em nome da "defesa da honra", do preconceito contra os gays, dos valentões da escola, das meninhas idiotas e da guerra fria, que nos ameaçava diariamente com um holocausto planetário.
     Acho que sou muito mais feliz hoje, com meus 60 anos, e muito mais produtivo também.
     Continuo descobrindo coisas novas, amando e vivendo com muito mais intensidade do que naqueles anos de atraso.
     Acho que a vida é uma sucessão de ciclos, que vão passando e a gente tem que ir vivendo todos eles. Outro dia me dei conta de que, na minha idade, não tenho mais muita vida pela frente. Foi um choque. Eu nunca tinha pensado nisso e confesso que fiquei meio deprimido durante algum tempo. Mas depois pensei: isso é como um sorvete gostoso, só porque ele vai chegando ao fim não vamos deixar de saboreá-lo.
     A gente faz o que pode, erra, acerta, faz grandes amizades (poucas), vive paixões que um dia terminam, casa, cria filhos, mas o importante é saber recomeçar, saber reconhecer as pessoas que realmente amam a gente e as que valem a pena ser amadas.
     É claro que existem pessoas que entram na vida da gente para sempre, outras apenas passam. A maioria passa, assim como a gente também passa por eles.
     Mas hoje, se eu pudesse voltar, não retornaria de jeito nenhum. Não gostaria jamais de retornar no tempo e sigo sempre curioso sobre o que o amanhã me reserva em termos de coisas novas para aprender, mesmo que elas representem algum sofrimento.
     E agradeço a Deus todos os dias por poder ter percorrido todo este caminho, semeando frutos e colhendo também. Peço sempre por todos que amam, pelos que sofrem, pelo Brasil e pela humanidade e tenho mania de ser otimista, como Cora Coralina, que no fim de sua longa vida escreveu: nunca se esqueçam de que o presente é sempre infinitamente melhor do que o passado, o que é uma idéia fantástica, partindo de uma senhora de 90 anos.
     Não quero fusca 61, nem quero viver de saudosismo. Quero construir mais e mais coisas boas, enquanto tiver forças para trabalhar e amar.

     Abraço a todos
    

14 comentários:

Edelvais Jeker disse...

Nossa, fiquei impressionada. Amo ter vivido essa época e em especial em Brasília. Somos de uma geração de grandes conquistas, empreendorismos e esse reencontro me faz ver o quanto fui e sou do "caralho". Discordo de "viver o passado", não é essa a intenção do grupo Brasília Anos 60 e sim reencontrar antigos amigos camaradas que de alguma forma ficaram esquecidos e hoje se reencontram em fraternidade e trocas de informação, ritos e mitos. Cora Coralina, como sabe, sofreu mulher, filha, mãe e o futuro para ela, naquele momento era infinitamente melhor. No entanto, Cora Coralina sempre escreveu sobre seu passado. E que venham todas as lembranças para que possamos escrever um futuro melhor. Viva a vida!!!

Anônimo disse...

Ricardo, eu sou uma de suas ex-colegas da Caseb de quem - imagino - você não tenha a mínima lembrança. Faço parte do grupo mencionado por você mesmo percebendo que não tenho a mesma dosagem de saudosismo de muitos outros. Estou curtindo ler e rever - por fotos, que seja - coisas que remetem a um passado que, apesar de todas as vicissitudes dos anos 1960, para nós, adolescentes, foram vividos intensa e gostosamente. Para nós, de Brasília, tinha ainda um componente especial - éramos todos forasteiros compulsórios, trazidos por nossos pais que - bem à moda daqueles tempos não nos perguntaram o que achávamos da idéia de nos embrenharmos pelo cerrado. Aqui todos nos tornamos 'gente', fizemos nossas escolhas, escolhemos nossos caminhos. Resgatar isso tudo tem sido muito interessante, sim. Hoje temos carros muito melhores do que o fusca 61, claro, mas tenho certeza de que no nosso pueril imaginário o fusca 61 supera qualquer outro que tenha airbags, fale, ande a 160 km/h. Curtir isso não é parar no tempo, é a evidência de que se viveu algo muito prazeroso de ter em mente.
Não lembrava de suas feições, guardei o nome. E o motivo me é doce - entre as minhas reminiscências está a figura terna e querida de seu pai, meu professor de história Sully Alves de Souza. Não teria como deletá-lo da minha vida apenas por ele ter pertencido a um passado já bem distante! Abração da ex-colega Licia Galiza.

Paulo Milet disse...

Caro Ricardo,

Lembro bastante do seu nome, mas não exatamente de voce. Não fui da CASEB, mas do Dom Bosco, depois Elefante e UnB. Temos idades próximas (estou no 59). Tenho boas recordações daquele tempo. Pena que voce não as tenha, ou tenha deletado. Cada um de nós tem o direito de fazer o que quiser com suas lembranças, até aí tudo bem. O que não está correto é tentar deduzir algo das lembranças (boas) dos outros em função das suas (provavelmente más). Definitivamente não gostei do seu texto. Achei bastante preconceituoso: "menininhas idiotas" - não havia rapazes idiotas?; "aposentados, vivendo do passado, como se não tivessem mais nada a tirar da vida" - de onde voce tirou isso?; E por aí vai. Ser feliz agora não implica em ter sido infeliz no passado (como parece ser o seu caso). Confundir o ambiente político público (Janio, Guerra Fria) com hábitos culturais datados (Festa de debutantes, cabelo escovinha), colocar tudo no mesmo saco e deduzir que isso seria causa de infelicidade me parece de uma superficialidade total.
Eu pessoalmente, hoje sou um empresário da área de TI e elearning, sou bastante feliz hoje, como fui naquele tempo. Não vou deletar o que aprendi na UnB, porque as tecnologias de hoje não existiam lá. Disputei campeonatos de Voley com varios colegas que estou reecontrando nesse grupo, mas seguindo sua lógica, devo deletar essas lembranças porque o Voley hoje no Brasil está em outro patamar! Fiz dupla no Kart com o Piquet, mas não devo me lembrar disso porque os Karts evoluiram muito! Por último, um comentário sobre os aposentados, muitos dos quais fazem parte desse grupo. Porque o preconceito? O trabalho não é a finalidade da vida. Muitos provavelmente estão aproveitando mais agora do que na época em que trabalhavam. O cultivo das amizades e das familias vale muitos graus de felicidade!
Enfim, para concluir, além de preconceituoso, achei o texto mal educado e desrespeitoso. A conclusão ficou patética, ao lembrar de Deus depois de ter exercitado total falta de compaixão e excesso de arrogancia.

Abraços
Paulo Milet

Vera Vellasco disse...

Impactante Ricardo!como se diz:
"um povo sem memória...."
Por insistente convite estive no lançamento de "Contra a Correnteza" comprei e li seu livro em cuja dedicatória vocês escreveu "bom te reencontrar..." O passado está tão presente ali...que ironia.
Costumo dizer: não se deve confundir o ator da personagem com a pessoa do ator. Depois desse seu depoimento,bom que vc não precisa de leitores para sobreviver. Continue feliz! Eu vim do passado mas vivo abrindo presentes para um futuro melhor! Vera Vellasco

Ricardo Stumpf disse...

É claro que não sou contra a memória e não tenho nada contra os aposentados.
O sentido do texto é ser contra o saudosismo, o que é uma coisa diferente de memória.
Tenho poucas recordações boas de Brasília,cidade com a qual nunca me relacionei bem. Principalmente do Plano Piloto, nos anos 60. Não pedi para me inscreverem nessa comunidade e nem para incluirem meu texto lá.
Sinto muito se isso ofendeu alguém, mas tenho direito de expressar meu pensamento e meus sentimentos.
Agradeço a Lícia por se recordar de meu pai, falecido em 2007, ele sim um apaixonado por Brasília.

Helengreat disse...

Prezado Ricardo, o que nos motiva a ser uma pessoa melhor, são as nossas memórias afetivas, até as que não foram boas, pois com as experiências mal vividas é que tiramos os garndes acertos. No teu caso, o excesso de EGO que te motivou a depreciar as emoções vividas por aquelas pessoas que tem a essência do sentimento de que fica sempre algo na lembrança.. de você não falaram nada .. citaram seu carro, que foi uma forma de exibição do teu EGO. Ainda há tempo. Baixa a bola.

Anônimo disse...

se voce não consegiu ser feliz em um grande momento da vida (a adlescencia) só lamento alguem ter se lembrado de voce. unico a tecer comentários tão desagradáveis sobre tudo e sobre todos. fiquei com pena da sua inteligencia emocional...

Ricardo Stumpf disse...

Prezado anônimo

Se vc foi um adolescente feliz na década de 1960, durante uma ditadura militar que roubou a juventude de toda uma geração, imagino que cabecinha boa vc tinha.
Aliás, este parece ser o perfil desta comunidade saudosista, uma classe média conservadora que marcou o início da cidade.

Anônimo disse...

Ricardo, Sinceramente, não lembro de vc. Contudo, não posso me furtar a tecer um comentário sobre a postagem em seu blog, que, pelos acessos e matérias que li, parece ser sério e muito inteligente. Entretanto, acredito que vc tenha sido infeliz em suas colocações, sobretudo, a última, ao anônimo. Concordo que, em sua maioria, éramos de direita e conservadores, entretanto, e vc é um exemplo disso, tinhamos cabeças pensantes e futuristas, diria, revolucionárias. Entendo seu comentário, mas, acredito que vc generalizou a coisa. Não espero que vc se retrate, apenas que vc, em uma outra oportunidade, seja mais específico, pois, acredito que existam pessoas inteligentes nesta comunidade, a qual foi criada com o objetivo de reencontrar amigos, ao menos foi esta minha intenção quando me incluí nela. Não fiquemos nos agredindo gratuitamente, afinal, o Ricardo expos seu pensamento e devemos respeitá-lo, mesmo que discordemos dele. Abraço a todos.

Ricardo Stumpf disse...

Obrigado amigo anônimo

Concordo com você que podemos encerrar isto por aqui.
Como vc mesmo falou, éramos todos conservadores, e nossas inquietações foram surgindo aos poucos, pelo menos foi o que ocorreu comigo.
Obrigado por respeitar meu direito a ter uma opinião discordante.
Não pretendo tampouco ofender a esta comunidade, na qual fui inserido sem conhecimento prévio.

Um abraço e muita paz

Ricardo

Carlos Henrique de Oliveira Porto Filho disse...

Senhor que diz se chamar Ricardo Stumph,

Li com certa indignação as coisas postadas por Vossa Senhoria neste Blog. É lógico que tenho questionado quem é essa pessoa que se diz chamar Ricardo Stumph.
Ricardo Stumph Alves de Souza foi um adolescente burguês, tomador de Coca Cola e Cuba Libre, usuário de calça Lee, ouvinte dos Beatles e da Jovem Guarda, jogador de pôquer, frequentador de clubes tradicionais em Brasília como Iate Clube, Congressinho e Country Clube, apreciador de noitadas no Hotel Nacional sob os sons dos bólidos participantes dos 1000km de Brasília e das Feiras dos Estados, companheiro de outras, ao som de violões e atabaques, desenhista de carros futuristas, crítico do modelo capitalista e defensor do socialismo como solução para os problemas sociais, como todos nós que vivemos naquela época.
Passados tantos anos desse tempo, cada um teve uma trajetória individual, resultado de suas escolhas e vivências, uns com mais e outros com menos sucesso, inerentes às dificuldades que esse modelo socioeconômico nos impõe. Mas o que fica claro nesse grupo é o fato de que todos sabem que aquele momento foi fundamental para a formação de uma estrutura psicomental sólida, sem renegar o passado e sabendo que aquela foi uma fase da nossa evolução, importante para o que somos hoje.
O Ricardo Stumph era um cara inteligente, sensível e capaz de conviver bem mesmo com o que não concordava, como um democrata que acredita que por esse caminho pode alterar a realidade injusta, proporcionando um mundo melhor para as gerações que seguem.
Esse Ricardo, que não sei onde está, certamente estaria afinado com a reunião que objetiva não só lembrar, mas conhecer os caminhos trilhados por cada um, ao longo de um tempo em que não nos vimos e não nos falamos. Graças a Deus, e não o mesmo mencionado em seus comentários, que todos se orgulham de suas trajetórias e sentem satisfação em poder repartir algo com tantos amigos o que o tempo não apagou. Que bom que faço parte desse grupo, orgulho-me de tudo o que passei e me sinto feliz com o que construí ao longo de 41 anos de trabalho. Estarei aposentado em breve, também com muito orgulho, e dedicarei a minha nova condição à comunhão dos conhecimentos adquiridos com aqueles que acreditam que a experiência ainda é um instrumento fundamental para os novos tempos. Fazer parte desse seleto grupo, que formou a sociedade Brasiliense, é um status histórico
Espero, senhor, que não utilize o nome do Ricardo, um idealista como nós, em um reacionário que não aprendeu nada com a vida. Gostaria, do fundo da minha racionalidade, que não assinasse seus comentários infelizes com o nome do saudoso amigo que, há muito, nos deixou.

Ricardo Stumpf disse...

Prezado amigo Carlos Henrique

Que bom saber de você e saber que está bem e vai se aposentar.
Eu também espero me aposentar em breve.
Obigado pelos seus comentários sobre a minha pessoa. Tudo que você falou a meu respeito é verdade. Faltou apenas o final dessa história, que você conheceu até certo ponto.
Apesar de ser um jovem de classe média, que frequentava as festinhas e jogava poquer, eu tinha contradições muito grandes com aquela sociedade, na qual nunca me senti entrosado.
Isso me levou a romper com a minha família (inclusive devolvi a meu pai o título remido que ele me dera do Iate Clube)e finalmente a uma crise na qual abandonei tudo, meu curso de arquitetura na UnB e meu primeiro emprego no BRB e que me fez uma noite ir para a rodoviária e embarcar num ônibus qualquer, sem rumo, indo parar no Uruguai, quando me dei conta de que aquela não era a maneira correta de fazer as coisas.
Voltei e arranjei outro emprego até juntar dinheiro para ir para Chile, onde vivi um ano. Depois vivi no Rio de Janeiro, onde encontrei minha primeira companheira e fui com ela para a Bélgica, onde vivi mais um ano.
Na volta fomos para Porto Alegre, onde finalmente consegui me formar em arquitetura.
Depois da formatura vim para a Bahia, Salvador, onde vivi até 1983. Em Salvador me separei e
fiz minha primeira tentativa de voltar a Brasília, quando inclusive trabalhei com vc no seu escritório. Depois dei aulas na Faculdade de Teatro Dulcina e fiz concurso para o GDF, escolhendo trabalhar na Ceilandia, cidade da qual guardo boas recordações
Nessa época morei no Núcleo Bandeirante e depois em Taguatinga.
Em 1987 voltei para a Bahia, onde vivi em Ilhéus. De lá fui para Manaus, onde trabalhei na Shell e fiquei até 1993, quando fiz então a segunda tentativa de viver novamente em Brasília (na Asa Norte)e dei aulas na Faculdade de Arquitetura da UnB. Em 1994 voltei para a Bahia para fazer um mestrado e fiquei até 2001, quando fiz minha última tentativa de viver novamente em Brasília, trabalhando no Ministério da Integração e no MEC, ficando lá até 2004.
Em todas essas tentativas, nunca consegui me harmonizar com a cidade, pois sempre reencontrava o mesmo conservadorismo de sempre.
Não sou obrigado a gostar de Brasíia nem a sentir saudades dos anos 60. Sinto muito, mas acho que esta comunidade deveria respeitar meu direito de criticar a cidade.
Hoje me sinto um baiano, plenamente integrado na região sudoeste da Bahia, onde tenho meu sítio, meu trabalho e minha casa.
Apesar disso vou a Brasilia frequente visitar meus filhos (tres deles moram aí) e minha mãe.
Como você pode ver, sou o mesmo Ricardo Stumpf que você conheceu, e estou vivinho da Silva, apenas mudei a minha forma de pensar e sentir.
Como dizia aquele pensador, "mudo porque penso" e não acho que isso seja nenhum demérito.
Um grande abraço e espero que você aceite democraticamente a minha visão sobre a Brasília dos anos 60.

Ricardo

Carlos Henrique de Oliveira Porto Filho disse...

Caro Ricardo


Quando fui peregrino
Do meu próprio destino!
Quanta vez desprezei
O lar que sempre amei!
Quanta vez rejeitando
O que quisera ter,
Fiz dos versos um brando
Refúgio de não ser!

…..................................
Fernando Pessoa em 7/10/1930.


Agora posso me sentir mais aliviado em saber que essa pessoa, por traz de uma aparente pedreira, é realmente o Ricardo Stumph. Na última temporada que estivemos próximos, não chegamos a trocar tantas figurinhas como nessa sua resposta. Acho que agora posso compreender uma pouco de sua dureza nos comentários.
Quando afirma que não é obrigado a gostar da cidade, ou se harmonizar com o conservadorismo, não há o que discordar de você e muito menos ser descortês contigo. Se você reler seus comentários iniciais, verá que não ficou precisa essa posição, dessa forma, e sim uma agressividade desnecessária.
A grande surpresa, em uma grande parte das pessoas que conviveram com você, foi o desprezo manifestado a nós, que sempre procuramos entender o seu afastamento da cidade, como um engrandecimento pessoal, embasado naquilo que você acreditava. Sempre foi respeitado por isso e até admirado. Por isso o que pedimos é que também aceite a nossa forma de ser sem usar isso para desencadear críticas oportunistas, como forma de atingir leitores que não sabem o que há por trás das suas observações.
Nós, amigos passados, com convicções diferentes, aceitamos você do jeito que é, aceite-nos como somos e quando vier a Brasília, não se esqueça de procurar aqueles que sentem sua falta com todas as diferenças existentes. Quem sabe assim poderemos, todos, acrescentar algo de novo nos nossos saberes, sem ressentimentos.
Parafraseando um “conhecido”: - um grande abraço e espero que aceite democraticamente a minha visão sobre Brasília dos anos 60.

Ricardo Stumpf disse...
Este comentário foi removido pelo autor.