Por Ricardo Stumpf Alves de Souza

sábado, 17 de setembro de 2011

Rapidinhas

Pina Bausch

     Confesso minha ignorância: eu já tinha ouvido falar, mas não conhecia o trabalho de Pina Bausch, até assistir a defesa de tese em Artes Cênicas da diretora Carmem Pasternostro, em Salvador. Mas o fato é que estou apaixonado por tudo que essa fantástica bailarina e coreógrafa alemã fez.
     É impressionante a força da dança teatro, uma dança dramatizada, que emociona e faz a gente viajar junto com ela. Vi apenas umas poucas coisas, baixadas do Youtube, entre as quais a montagem de "A Sagração da Primavera", cujo link vai abaixo.
     Sugiro aos leitores que cliquem para assistir essa maravilha. No Youtube há muito mais, inclusive uma chamada Vallmond (lua cheia), em que os bailarinos dançam na água, que é fantástica. Há uma outra chamada´"Água", dedicada ao Brasil. Muito bonito.
     Pina nos deixou inesperadamente em 2009, aos 68 anos. Morreu apenas cinco dias após ser diagnosticada com câncer, enquanto estava em plena atividade.
    
O Pré-sal e a saúde

     Não dá pra entender. Os políticos ficam brigando pelos enormes recursos que vão entrar do Pré-sal, com Municípios e Estados lutando pelos "royalties" (impostos) que serão cobrados por um petróleo extraído a mais de 300 Km da costa.
     Por outro lado o governo arma estratégias para criar um novo imposto para financiar a saúde, que está com poucos recursos para atender sua expansão e cumprir sua finalidade constitucional de garantir atendimento gratuito e de qualidade a todfos os cidadãos brasileiros.
     Porque não destinar parte dos recursos do pré-sal para a saúde? Acho que esses recursos, retirados fora das águas territoriais brasileiras (embora estejam na zona econômica exclusiva do Brasil), não pertencem a Estados e Municípios, simplesmente porque estão em frente a eles. Pertencem à todo o povo brasileiro.
     Deveria ser feito um plebiscito a respeito do destino dessa riqueza toda, afinal ela é nossa e não dos políticos.

A semana da palestina

      Dia 23 de setembro, o Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, apresenta à ONU o pedido de reconhecimento do seu Estado Palestino.
      Mais de 130 países do mundo, inclusive o Brasil, já reconhecem o Estado Palestino, baseado nas fronteiras anteriores à guerra árabe-israelense de 1967, quando Isarel invadiu e ocupou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, até então ocupadas por países árabes.
     A desocupação e o reconhecimento do Estado Palestino abrirão às portas para a paz no Oriente Médio, coisa que o atual governo de Israel, comandado pelo conservador Benjamin Netanyahu, não desejam de jeito nenhum, pois contraria sua política expansionista, de ocupação dos territórios palestinos.
     O governo do Israel vem sofrendo um isolamento cada vez maior no mundo inteiro, devido à sua intransigência em negociar e à política de construir assentamentos judaicos nos territórios ocupados, para criar um fato consumado que impeça a devolução dos territórios.
     As revoluções democráticas no Oriente Médio e a crise na Europa e nos Estados Unidos, deixam seus principais aliados sem muita energia para ajudá-los. Europeus e norte-americanos, ás voltas com seus próprios problemas, começam a apresentar cansaço em relação a Israel e ao governo de Netanyahu. É hora do povo israelense tirar esse radical do poder e eleger um novo governo, capaz de entender que o mundo mudou e Israel não poderá continuar fazendo o que bem entende, como disse recentemete o primeiro ministo da Turquia.
     Nossa presidente, Dilma, que vai abrir a Assembléia Geral da ONU, deve fazer um discurso em defesa do reconhecimento da Palestina. O Brasil tem moral para isso, pois foi o brasileiro Oswaldo Aranha quem propôs, em 1947, na ONU, a partilha da Palestina , para dar origem a dois estados, Israel e Palestina. Até hoje a Palestina tem sido impedida de existir. Talvez seja chegada a sua hora.

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