Por Ricardo Stumpf Alves de Souza

domingo, 25 de setembro de 2011

Rapidinhas
    
Dilma na ONU


    Nossa presidente e deu bem na ONU, fazendo um discurso equilibrado, mas incisivo, defendendo as posições do Brasil. Aos poucos Dilma está conseguindo impor seu estilo firme e tranquilo e, talvez por isto, esteja conseguindo o respeito e o apoio de setores que tinham contradições com o jeito popular de Lula.
     Bem legal a ênfase na questão feminina, quado ela disse se sentir representando todas as mulheres do mundo, especialmente as que sofrem, as mais pobres, etc. Bom também ela ter comentado tranquilamente que sofreu torura no cárcere e fazer sua profissão de fé na justiça e na democracia.
     O apoio ao ingresso da Palestina na organização foi claro e inequívoco.
     A comparação com o discurso vacilante e populista de Obama é inevitável.
     Muito estranho ver o Brasil puxando as orelhas dos países ricos por não fazerem o "dever de casa". Confesso que não esperava viver pra ver o Brasil assumir este protagonismo.

Dois irmãos

     O Filme argentino Dois irmãos é mais uma surpresa agradável que o cinema portenho revela, depois do sucesso de O segredo de seus olhos.
     Com muita delicadeza e um ritmo tranquilo, o filme vai desenrolando a história de um casal de irmãos maduros, que tem que refazer a vida após a morte da mãe, na tranquila cidade uruguaia de Vila Laura.
     Os atores Antonio Gasalla e Graciela Borges, dirigidos por Daniel Burman, nos fazem refletir sobre a possibilidade de resolução velhos conflitos familiares e de redescobertas de vida na terceira idade.
     Vale a pena conferir.
    
     
     Por trás dos palácios...



     Interessante a reação às críticas que fiz à Brasília dos anos 60. Foi como tocar em um nervo exposto.
     Ainda está por ser contada a história da formação da sociedade conservadora que se instalou no Plano Piloto de Brasília, na década de 1960, formando sua primeira elite, e sua contradição com as cidades satélites.
     No início da cidade, a repressão aos trabalhadores foi feroz, com muitos massacres em canteiros de obras, comandados pela antiga GEB (Guarda Especial de Brasília), enquanto a nova classe média se divertia no Iate Clube.
     Poucos historiadores se dedicaram a pesquisar este período.
     Essa geração que produziu políticos como Collor, Luis Estevão, Paulo Octávio e José Roberto Arruda, dominou a cidade por muitas décadas, num ambiente que misturava provincianismo com modernidade e que ainda repercute no imaginário de seus cidadãos.
     Brasília, de projeto democrático, quase socialista, de cidade, se transformou num verdadeiro apartheid, com os pobres segregados e reprimidos em cidades dormitórios, servidas por péssimos (e caros) transportes e dotadas de indicadores urbanos muito inferiores aos do Plano Piloto, sem equipamentos de cultura e lazer.
     Como exemplo, o projeto do Centro de Cultura de Ceilândia que elaborei para o GDF em 1986, continua inacabado, 25 anos depois.
     Do projeto inicial foram construídos apenas a biblioteca e o pavilhão de cursos, faltando o teatro de arena, o cine-teatro, as quadras poliesportivas e a cobertura do forró.  
     Mesmo assim o Centro (que deveria ser cultural e desportivo), foi eleito pela população como um dos símbolos da cidade. Quem sabe o governador Agnelo Queiroz não resgata essa dívida com o povo da maior cidade satélite de Brasília.
     
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Um comentário:

Claudet Eloy disse...

Eu sempre achei que as mulheres deveriam assumir a presidência dos países do mundo porque se mulher não tem "culhão", tem coração e competência. O que sempre nos faltou foi oportunidade que por machismo,não deixaram que mostrassemos nossa capacidade.Em todo o Brasil existem cerca de 4800 presidiárias que se envolveram no crime muitas vezes graças a seus companheiros. E quantos presidiários existe em todo o Brasil? Milhares e milhares. Os presídios masculinos estão entupidos. O homem é bélico a mulher é bela. Que o diga Bush e outros da mesma laia que guerrearam tanto até quebrar o país. Bem Feito! Morreram 6000 soldados americanos, e quantos civis morreram no Afeganitão e no Iraque? Isto ninguem conta porque "gentinha" não democrata é só "gentinha".Os americanos são heróis e os cento e tantos mil afegão e iraquianos mortos nos ataques americanos que se danem!