Rapidinhas
Show de humor
O desfile dos advogados de defesa dos réus do mensalão está se tornando realmente um espetáculo de humor. Não, sei, nunca ouvi falar, não tenho a menor idéia, isso tudo é invenção...
Coitadinhos tão inocentes!
Tem um que se chama Jacinto Lamas.
Ô dó! Quem foi esta mãe cruel que previu o destino deste pobre?
Espero que ele consiga provar sua inocência para fugir ao destino prenunciado pelo seu nome.
Espero que ele consiga provar sua inocência para fugir ao destino prenunciado pelo seu nome.
E ainda falaram mal do Tiririca quando ele se candidatou.
Quem disse que humorista não serve pra ser político?
Em 2001 trabalhei por seis meses na cidade de Itaberaba, em pleno semi-árido baiano.
Lá pude conviver e entender um pouco mais o que é esse bioma fantástico, chamado caatinga, e tão estigmatizado pela sua agressividade ao homem.
Uma verdadeira farmácia, cheia de ervas medicinais importantíssimas, que se fossem pesquisadas talvez nos trouxessem a cura de muitos males que afligem os seres humanos.
Dentre toda aquela vegetação tão diferente, uma árvore sobressai pelas suas qualidades de dar água (que armazena em bulbos nas suas raízes), frutos (o delicioso umbú) e sombra, em meio à paisagem mais seca do sertão.
Mexendo nos meus arquivos, achei esta poesia que fiz naquela época em homenagem ao umbuzeiro, à caatinga brasileira e à cidade de Itaberaba.
Dia dos pais
Vou pedir licença ao meu amigo Altemar, do blog Notícias de Rio de Contas, para reproduzir esta maravilhosa charge sobre este dia, e a campanha para que os filhos comprem presentes para seus pais. As imagens dispensam explicações.
Umbuzeiro
Umbuzeiro
Que
dá sombra
E
fruta fresca
No
meio da caatinga.
Você,
como o Umbu-Cajá
E
o Cajá-Manga
Oásis
e remansos
Do
agreste brasileiro.
Me
explique, como pode
Uma
natureza
Tão
agressiva
Frutificar
tão protetoramente?
Que
gente é essa
Que
mora aqui
De
onde vieram...
Há
quanto tempo vieram?
Terão
eles adquirido
Esse
contraditório da natureza
Agressivos
e espinhentos
Mas
capazes dos frutos mais doces?
Suas
lágrimas
Serão
como seus rios
Intermitentes
E
salgados?
Seus
corações
Que
se enchem e secam
Com
a mesma facilidade veloz?
Quem
são seus ancestrais?
Aborígenes
Que
deixaram pinturas nas pedras
Por
toda parte!
Quem
são eles
Quem
sou eu
No
meio deles
No
meio dessa aridez?
Dá-me
tua sombra generosa
Pé
de umbu
Para
que eu também me refaça
Sob
tua espinhenta proteção.
Tua
mensagem agridoce
De
equilíbrio e resistência
De
elo com o mistério dos antepassados.
Ensina-me
essa magia
Da
fartura e da fertilidade
No
meio das pedras
E
do sal
Ricardo Stumpf Alves de Souza - 2001
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