Rapidinhas
Os assassinatos da CIA
Desculpem, amigos leitores, por essas fotos tão mórbidas, mas não pude deixar de relacionar as duas mortes, ocorridas com 44 anos de diferença.
Che Guevara, em 1967, preso vivo e assassinado covardemente pelos "heróis" americanos, na Bolívia, e Bin laden, que já sabemos que foi preso vivo e assassinado na frente de sua pequena filha de 12 anos pelos mesmos "heróis", no Paquistão.
Che era o líder de uma insurreição latino-americana contra os Estados Unidos e foi enterrado em lugar secreto para que seu túmulo não virasse objeto de peregrinações. Em 1997 os cubanos descoriram seu paradeiro e deram a ele a sepultura de herói que ele merecia.
Bin Laden era o líder de uma organização terrorista que lutava contra os Estados Unidos e foi jogado ao mar, para evitar que no futuro seu túmulo fosse localizado e virasse um santuário.
A diferença entre os dois é que Che era um autêntico revolucionário, enquanto Bin Laden era um terrorista que matava gente inocente, armado e treinado pelos próprios americanos, para lutar contra a invasão soviética no Afeganistão. Depois a criatura se voltou contra o criador.
A diferença entre os dois é que Che era um autêntico revolucionário, enquanto Bin Laden era um terrorista que matava gente inocente, armado e treinado pelos próprios americanos, para lutar contra a invasão soviética no Afeganistão. Depois a criatura se voltou contra o criador.
Os métodos continuam os mesmos. Comandos americanos invadem os países, promovem assassinatos de líderes e os matam sem julgamento nenhum (e a convenção de Genebra sobre prisioneiros de guerra, não vale nada?), na intenção de que os povos se esqueçam deles. Em vão.
Quatro décadas depois de matarem Che, seu mito continua vivo e os países latino-americanos cada vez se distanciam mais dos Estados Unidos. O mesmo deve acontecer no Oriente Médio. Bin Laden vai virar um mártir e um mito e deve inspirar muita violência ainda contra os Estados Unidos.
A boa notícia da semana
O Supremo Tribunal Federal acaba de reconhecer, por unanimidade, as uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo, no Brasil, acabando com a discriminação odiosa que impedia os casais homoafetivos de se constituirem numa família.
É a vitória dos direitos civis contra a intolerância das igrejas católica e evangélicas.
Falta agora uma ação positiva do Congresso Nacional, desbloqueando as várias iniciativas de leis que dariam a cobertura necessária para que casais homossexuais desfrutem dos mesmo direitos dos outros cidadãos do país, detalhando esses direitos e também as obrigações decorrentes deles.
As enchentes em Pernambuco e Alagoas vem apenas confirmar aquilo que estamos afirmando aqui há muito tempo: que o degelo dos pólos vai aumentar as chuvas em todo o planeta (como ocorreu comprovadamente em outras épocas de degelo) e que não haverão secas catastróficas, como previam aqueles que propunham a privatização da água. Ao contrário, está havendo um aumento considerável da água em circulação na atmosfera terrestre, criando verdadeiros rios aéreos, que captam a água em evaporação e a conduzem pelos ares até despejá-las de uma só vez em algum ponto da superfície terrestre.
Esse ponto recebe uma quantidade absurda de água de uma só vez, o que pode ocorrer em qualquer lugar, seja em Teresópolis, no Morro do Bumba, em Niterói, em Alagoas, em Pernambuco ou em São Luis do Paraitinga (foto acima), no interior de São Paulo. Ninguém está livre das trombas d'águas causadas pelos rios aéreos.
D. Lucy
Presto aqui minha homenagem a esta que, junto com meu pai, e não apenas pelas palavras, mas pelo exemplo, me passou os princípios de honestidade e trabalho com que procuro reger a minha vida.
Minha mãe, D. Lucy, foi incansável batalhadora pelos filhos e pelo lar, sem descuidar do seu trabalho.
Funcionária concursada da Câmara dos Deputados, onde atuou durante 30 anos, 15 dos quais como chefe das CPIs, no período mais obscuro da ditadura militar (enfrentando até bombas nos cofres onde guardava seus documentos), se equilibrava entre as disputas de Arena e MDB, num tempo em que a política significava um risco de vida.
Feminista, sem deixar de ser feminina, D. Lucy sempre estimulou as mulheres da família a serem independentes dos homens e a lutarem por seus direitos.
Obrigado, minha querida mãe, por todo seu carinho e dedicação. Seu exemplo continua passando para os meus filhos e netas que hoje convivem com você. Estou longe agora, mas sempre perto em pensamento.
Um beijo para você, para minhas duas filhas que também são mães e a todas as mães desse mundo, que lutam por uma vida melhor para todos.