A América do Sul começa a ser feliz
Interessante os desdobramentos da crise política entre Colômbia e Venezuela.
A Suprema Corte colombiana declarou ilegal o acordo militar com os Estados Unidos, fonte de todo desacordo entre os dois países e também entre a Colômbia e toda a América do Sul, com excessão do Perú, cujo governo também é aliado de Washington.
A reação a esse acordo no Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Equador foi tão forte, que deixou isolado o governo de Álvaro Uribe e fez com que seu sucessor recuasse na política de enfrentamento com a Venezuela, com quem já normalizou as relações diplomáticas.
Parece que os govenos democráticos sul-americanos vão conseguindo consolidar uma política continental de solidariedade e cooperação, que vai deixando para trás os tempos de submissão aos americanos e inaugurando uma nova era de paz e prosperidade, enquanto o gigante do norte se afunda em guerras intermináveis e uma crise econômica profunda.
O sucesso econômico fez com que, inclusive novos governos de direita como o de Piñera no Chile, se alinhassem com as nações do continente no sentido do desenvolvimento baseado em políticas de autonomia e independência. Até o novo presidente colombiano, Santos, parece ter percebido que não há muito futuro em trazer as guerras americans para o nosso território e, a melhor notícia, as Farc pedem negociações e acenam com a integração democrática de suas forças, pois começam a perceber que se tornaram uma desculpa para a intervenção americana.
O modelo que vai se impondo, na América do sul é a social-democracia, com forte presença do Estado, com respeito às minorias (principalmente aos povos indígenas andinos), comandados por partidos de esquerda que já foram revolucionários, mas permitindo tranquilamente que partidos de direita (que já foram golpistas) como o chileno, possam se integrar.
O modelo venezuelano, que se equilibra entre a revolução cubana e a social-democracia, foi muito bem em relação as reformas que precisavam ser feitas na Venezuela, destruindo a hegemonia política de uma elite colonizada, que desprezava seu próprio país e seu povo. Mas agora esbarra nas questões econômicas.
Chavez, que se diz um admirador do chileno Salvador Allende, parece estar cometendo os mesmo erros que ele, ao priorizar a política em detrimento da economia. Está chegando a hora de definir um modelo econômico eficiente para a Venezuela e a melhor saída, a curto prazo, é se enquadrar no modelito social-democrata, que permite avanços sociais, enquanto mantém calmas as forças da direita (cujas empresas continuam lucrando), tradicionalmente golpistas. Pelo menos até que surja algo melhor no horizonte.
O modelo que vai se impondo, na América do sul é a social-democracia, com forte presença do Estado, com respeito às minorias (principalmente aos povos indígenas andinos), comandados por partidos de esquerda que já foram revolucionários, mas permitindo tranquilamente que partidos de direita (que já foram golpistas) como o chileno, possam se integrar.
O modelo venezuelano, que se equilibra entre a revolução cubana e a social-democracia, foi muito bem em relação as reformas que precisavam ser feitas na Venezuela, destruindo a hegemonia política de uma elite colonizada, que desprezava seu próprio país e seu povo. Mas agora esbarra nas questões econômicas.
Chavez, que se diz um admirador do chileno Salvador Allende, parece estar cometendo os mesmo erros que ele, ao priorizar a política em detrimento da economia. Está chegando a hora de definir um modelo econômico eficiente para a Venezuela e a melhor saída, a curto prazo, é se enquadrar no modelito social-democrata, que permite avanços sociais, enquanto mantém calmas as forças da direita (cujas empresas continuam lucrando), tradicionalmente golpistas. Pelo menos até que surja algo melhor no horizonte.
Enquanto isso, no Brasil, a dianteira de Dilma nas pesquisas, sobre os que defendem o alinhamento com os Estados Unidos (PSDB), mostra que a população sabe o que representa essa eleição para os destinos do Brasil e da América latina.