Por Ricardo Stumpf Alves de Souza

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rapidinhas

Faltou uma

     A presidente Dilma anunciou a criação de duas novas Universidades Federais para a Bahia: a UFOBA (Universidade Federal do Oeste da Bahia), sediada em Barreiras e com outros campus também em Luis Eduardo Magalhães, Bom Jesus da Lapa e Barra; e a UFESBA (Universidade Federal do Sul da Bahia), com sede em Itabuna e subsedes em Teixeira de Freitas e Porto Seguro.
     Além disso anunciou uma extensão da UFBA em Camaçari, uma da UFRB (Universidade Federal do Reconcavo) em Feira de Santana e a criação aé 2013 da UNILAB (Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira, em São Francisco do Conde.
     Com isso, todas as regiões da Bahia ficam atingidas pelo ensino universitário federal, com excessão do sudoeste baiano, já que o norte do Estado já conta com a UNIVASF (Universidade Federal do Vale do São rancisco), em Paulo Afonso.
     O governador Jaques Wagner já se pronunciou sobre esta carência, dizendo que fica faltando uma Universidade situada mais ao centro da Bahia, já que a UFOBA está mais ao noroeste.
      Esta é a oportunidade para Rio de Contas reivindicar a instalação de uma universidade no município, pois a exemplo de Cachoeira, sede da UFRB, e de Ouro Preto, sede da UFOP, é uma cidade histórica, tombada pelo patrimônio, que precisa de novas funções econômicas para alavancar o seu desenvolvimento, sem prejudicar sua arquitetura antiga.
     Seu clima frio, devido à sua altitude e sua posição geográfica, ao sul da chapada e no centro da região sudoeste, lhe dão uma vantagem enorme para reivindicar a instalação desta última Universidade Federal.
     Não podemos esperar que o atual governo do município, que prima pela mesquinharia política e pelo imobilismo, corra atrás disso. É preciso que toda a sociedade riocontense se mobilize nessa luta para sediar uma Universidade Federal da Chapada Diamantina.
    
O eucalipto ameaça o Sudoeste da Bahia


     A CPT (Comissão Pastoral da Terra) e outras organizações populares ligadas à agricultura familar, denunciam que a empresa Veracel, que fabrica celulose, está pretendendo implantar um gigantesco projeto de reflorestamento no sudoeste baiano, região semiárida que já conta com poucos cursos d'água, que tendem a desaparecer rapidamente sob as florestas de eucalipto.
     Pra quem não sabe, os reflorestamentos de eucalipto, expulsam os pequenos agricultores do campo e empobrecem a terra, causando tremendo impacto social e ambiental.
     Para discutir o assunto, será realizado um seminário na UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia), no dia 27 de agosto.
     É preciso que a população seja informada de um projeto tão impactante, para que não seja pega de surpresa por esse tipo de empreendimento, que ao invés de criar, tem a capacidade de exterminar empregos e expulsar os moradores do campo, criando ondas de migrantes para as cidades da região, que não estão preparadas para recebê-los, além de prejudicar a própra produção agrícola.
     Atenção Prefeitos e Vereadores de Conquista, Brumado, Tremedal, Condeúba e região. Atenção também Deputados Federais e Estaduais da Bahia, para esta ameaça contra o nosso estado.
    
Kadafi no fim


     Tropas rebeldes entraram em Trípoli, capital da Líbia, neste domingo, encurralando as forças do ditador Muamar Kadafi, que está no poder desde 1969.
     Este é o fim de um episódio sangrento da chamada Primavera Árabe, que luta para derrubar os regimes autoritários naquela região. A resistência do ditador ao avanço das forças rebeldes, durou 6 meses e mostra a dificuldade em remover esses regimes, que se acostumaram a governar com mão de ferro, numa região onde a democracia é deconhecida como cultura política.
     A próxima batalha deve ser a da Síria, onde uma dinastia de ditadores já se perpetua no poder há décadas e onde as forças de segurança não hesitam em atirar contra o povo desarmado, quando este se manifesta pelo fim do regime.
     É preciso lembrar, que esses regimes um dia contaram com grande apoio da população, na medida em que derrubaram monarquias feudais e modernizaram seus países, promovendo o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida de seus povos. mas da mesma forma que os comunistas do leste da Europa, não souberam lidar com os anseios pela democracia, quando as necessidades materiais da população já haviam sido atendidas e pretenderam perpetuar ditaduras que criavam pequenos grupos de privilegiados.
     Quando passam a massacrar seus próprio povo, essas ditaduras perdem legitimidade rapidamente e a oposição a elas só faz aumentar.
     Quem não deve estar gostando nada disso é Israel, que usava o pretexto de ser a única democracia do oriente médio, como desculpa para massacrar e ocupar as terras palestinas. Agora os povos árabes dirão como querem que seus governos lidem com Israel e, pelo que se observa no Egito, o resultado deve ser amplamente favorável aos palestinos.
Festival de Inverno em Conquista

     Cada vez melhor o Festival de Inverno de Vitória da Conquista. Desta vez brilharam no palco, Vanessa da Mata, Ana Carolina e Frejat, entre outros.
     Os artistas e visitantes se surpreendem com a dimensão e a organização do evento, e também com o frio das madrugadas conquistenses, o que levou o roqueiro J. Quest a dizer que é o único lugar onde se vê baiano de cachecol.

     Bom para mudar esse imagem do povo baiano como atrasado, preguiçoso e religioso, promovida pela mídia do sudeste, e apoiada pela Rede Bahia, da família de Antono Carlos Magalhães, que ainda domina a comunicação no estado.
     Dentre todas as apresentações, Frejat deu um banho de profisionalismo e musicalidade. Ana Carolina com seus pandeiros e Vanessa da mata rodando e cantando, também emocionaram.
     Acho que o parque de exposições já ficou pequeno para a festa.
     Que bom um festival de música na bahia sem a decadente axé-music, que ninguém aguenta mais.
     Parabéns a Conquista que se afirma cada vez mais como uma pólo de desenvolvimento econõmico e cultural no sudoeste do estado.