Prezados amigos leitores
A todos vocês que me acompanham neste blog, agradeço o interesse e os comentários e desejo que 2010 seja um ano melhor para todos nós, no Brasil, na América Latina e no mundo, apesar dos pesares.
Temo que, às vezes, me torne maçante nos meus escritos por insistir em um tema específico, e me policio para que isso não ocorra, mas para mim escrever é uma necessidade. Escrevo para não morrer, com tanta coisa entalada na minha garganta, porque minha cabeça ferve de idéias e meu coração também fervilha de emoções.
Não posso me calar quando vejo alguma coisa errada, ou alguma coisa que me emociona.
Preciso dizer!
Por isso peço que me perdoem quando sou enfático demais, como no caso dos acidentes na estrada ou do abandono da cultura em Rio de Contas.
Pois são gritos pela justiça.
Não consigo observar calado pessoas morrendo à tôa ou o nosso teatro morrendo também à tôa.
Preciso falar!
Às vezes, como no caso da estrada, a reclamação funciona. Mas às vezes, como no caso do teatro, nada acontece. E eu não entendo porque!
Nosso jovem Prefeito, que tantas esperanças despertou nos riocontenses, não é nenhum inculto. Porque então não toma uma atitude? Porque está fazendo isso com o nosso município? Porque esse abandono criminoso da cultura?
Lá vou eu de novo... batendo na mesma tecla. Desculpem, mas enquanto isso não mudar eu preciso falar...
2009 teve coisas muito boas. Aliás todos os anos terminados em 9 são bons para mim.
Trabalhei um pouco no IPHAN, onde pude fazer algumas coisas boas e graças a Deus tive reconhecimento da população. Fui ao Chile, onde reencontrei velhos amigos, vi mais uma neta nascer, continuei ajudando como pude meus filhos e minha mãe e todos estão bem. Nunca me esqueço de agradecer aquele amigo lá de cima pela minha saúde e pelos amigos.
Ajudei a fundar a Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Rio de Contas (e acabei virando presidente), junto com pessoas que eu nem conhecia direito e de quem me tornei amigo, coisa que me deu muita satisfação e fez retornar meu entusiasmo pela terra.
Tive a alegria de ver um governo novo em Rio de Contas e minha amiga Paula entrar na Secretaria do Meio Ambiente, despejando sua enorme energia sobre o trabalho e sobre todos à sua volta.
Ajudei a fundar a Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Rio de Contas (e acabei virando presidente), junto com pessoas que eu nem conhecia direito e de quem me tornei amigo, coisa que me deu muita satisfação e fez retornar meu entusiasmo pela terra.
Tive a alegria de ver um governo novo em Rio de Contas e minha amiga Paula entrar na Secretaria do Meio Ambiente, despejando sua enorme energia sobre o trabalho e sobre todos à sua volta.
Na política brasileira tivemos boas coisas também; Marina Silva candidata pelo PV, o que me levou até a assinar uma ficha de filiação, coisa que eu não fazia há quase 20 anos. Finalmente temos um novo discurso, uma nova utopia para construir: a economia sustentável, com justiça social. Aleluia!
O Brasil finalmente despontando internacionalmente, com boas coisas, graças ao governo Lula, que todos devemos tirar o chapéu para ele, que o homem sabe governar e tem uma dimensão de estadista, que coloca em primeiro lugar os interesses da nação.
Na economia vencemos muito bem o tsunami provocada pela implosão da economia americana.
Tivemos essa novidade chamada Obama, que trouxe muitas esperanças ao planeta. Só o fato de ter derrotado os dinossauros republicanos já foi um imenso alívio, embora eu nunca tenha me iludido com o homem.
Até agora Obama não reconstruiu a liderança americana com novas idéias, como Clinton havia feito, mas ao contrário, ressuscitou velhas práticas imperialistas na América Latina, apoiando o golpe de Estado em Honduras (embora fazendo cara de quem não teve nada a ver com isso) e montando bases militares na Colômbia, inclusive na fronteira do Brasil, preparando a invasão da Venezuela, que podem ter certeza, é iminente.
Vão inventar um incidente qualquer para invadir a Venezuela e derrubar Chavez, com apoio do fascista , Álvaro Uribe, presidente da Colômbia, aquele assassino com cara de bonzinho.
Aliás vocês já repararam que Obama fez um discurso para cada continente, menos para nós?
Na Europa falou na Alemanha. Falou no Egito, para o mundo muçulmano. Esteve também na África e na Ásia. Só na América Latina ele não veio. Não teve nenhum discurso para nós, que não fosse a tentativa de derrubar governos democraticamente eleitos que se oponham à hegemonia norte-americana.
Quer nos reduzir novamente ao velho quintal, nos recolonizar.
É isso que ele nos oferece.
E o pior é que não renunciou ao projeto de dominação militar do mundo, engendrado pelos republicanos.
Quer mantê-lo e ampliá-lo, substituindo o que poderia ser uma liderança verdadeira, pelo simples controle estratégico. Não creio que eles tenham mais fôlego para tanto, mas enquanto isso não mudar, as guerras continuarão.
Na negociação sobre o clima foi um verdadeiro fiasco.
Muito fraquinho o rapaz. A mim aquele sorriso não engana mais.
Mas a história da humanidade não pára. Muitos impérios já surgiram e caíram. Vamos ver o que nos reserva 2010. Às vezes tememos por uma tragédia e um milagre acontece. Foi assim com a guerra fria, Quem sabe não veremos ainda um Estados Unidos pacífico, procurando se integrar, ao invés de dominar.
Mas o melhor mesmo para mim, foi ter vocês como leitores, me prestigiando e me fazendo sentir que não soam em vão as palavras que lanço nesse espaço cibernético.
Gosto de me sentir livre, por isso não dou muito certo na política e nos empregos que exigem alguma fidelidade, ou melhor dizendo, nos cargos que tolhem minha palavra, para não desagradar os que se sentem poderosos.
Alías os poderosos, por definição, não gostam de homens livres, que dizem o que pensam. Eles são sempre incômodos para quem gosta de ditar verdade e achar que as pessoas acreditam nelas.
Mas alguém precisa fazer esse papel e às vezes dizer que o rei está nú.
Tenho sido essa pessoa e gosto de ser assim.
Por quanto tempo não sei, mas é muito bom ser livre e ter vocês comigo nessas viagens libertárias.
Bom Natal e 2010 para todos.
Ricardo Stumpf