Rapidinhas
Bolinhas de papel
Quem diria que chegaríamos a este ponto, José Serra simulando agressões numa tentativa desesperada de virar as pesquisas eleitorais a seu favor, tentando transformar uma bolinha de papel num rolo de fita adesiva, com a ajuda da TV Globo.
E se fosse um rolo de fita adesiva, que prejuízos poderia causar na sua careca um objeto tão simples? E no outro dia lá estava ele fazendo campanha sem nenhuma cicatriz na cabeça, nem uma marquinha.
E tudo é culpa do PT, numa tentativa inútil de demonização deste partido, que já está beirando o ridículo.
Mas o pior é a ajuda recebida da rede de televisão da família Marinho, que já tem tradição em dar golpes eleitorais para impedir que candidatos que representem o povo assumam o poder. Pra quem não se lembra, o último debate de 1989, editado para favorecer Collor numa eleição apertada como esta e o escâncalo Pró-Consult, no Rio de Janeiro, em 1982, para impedir Brizola de assumir o governo do Estado do Rio, ambos patrocinados pela Globo.
Vem aí o último debate que, como sempre, será na Globo. Preparem-se para mais tentativas de manipulação.
Não está na hora de mudar esse modelo de concessão das comunicações às famílias mais poderosas do Brasil e construir um modelo mais democrático, já que os canais pertencem ao governo, ou seja, à nós?
Dados fiscais violados
Ainda sobre a eleição, é incrível o notíciário na grande imprensa, sobre a violação dos dados dos tucanos na Receita Federal. O jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhava no jornal O Estado de Minas, de Belo Horizonte, pagou para um despachante violar o sigilo da filha de José Serra e de outros tucanos, antes do período eleitoral, para defender Aécio Neves, como ele mesmo declarou, .
Aparentemente, Aécio se preparava para uma guerra de bastidores contra o venenoso José Serra, já que os dois pretendiam ser candidatos a presidência da República, e queria se prevenir guardando dados sigilosos das possíveis falcatruas cometidas pela filha de Serra e seu marido.
Os dados não foram usados por ninguém para fazer o que os tucanos gostam de chamar de dossiê, ou seja, ficaram lá, guardadinhos, à espera de uma oportunidade para serem usados contra o candidato paulista, mas não foram.
Então o único crime perpetrado foi a violação do sigilo fiscal, à mando do jornalista mineiro.
O que o PT tem a ver com isso? Nada. Mas o esforço em ligar o episódio ao PT beira as raias do ridículo. Na edição de 22 outubro, o jornal O Estado de São Paulo, afirma que Amaury Ribeiro teria ficado hospedado num flat emprestado pelo deputado estadual Ruy Falcão, do PT, e que portanto este deputado poderia ter roubado os dados do seu computador, num momento em que ele se ausentou, já que também tinha a chave do apartamento. Quer dizer, o cara paga para alguém roubar os dados, confessa, e quer botar a culpa em alguém que lhe emprestou o apartamento? Que sentido faz isso?
Mais adiante, na mesma reportagem afirma que o dinheiro foi pago ao despachante na mesma agência em que um participante da campanha de Dilma tem uma conta. Ora, meus amigos, então todos os outros correntistas desta agência devem ser imputados como suspeitos, porque o pagamento foi feito lá?
O fato é que foi Amaury Ribeiro Jr. quem cometeu o crime para defender Aécio Neves, segundo suas próprias declarações. O PT nunca usou essas informações e não tem nada com isso e o esforço para imputar ao partido de Dilma, às vésperas do segundo turno, esse crime cometido por eles mesmos não passa de tentativa grosseira de manipular a opinião pública, em mais um lamentável episódio de irresponsabilidade do PIG (Partido da Imprensa Golpista).
Crimes de guerra americanos no Iraque
O site Wikileaks revelou nesta sexta-feira mais 400 mil documentos secretos dos Estados Unidos sobre a guerra no Iraque, desvendando a verdadeira face daqueles que invadiram um país soberano, contra as recomendações das Nações Unidas e massacraram seu povo, em nome de uma pretensa democracia.
O governo americano ainda não se pronunciou sobre esse novo vazamento, embora já tenha sido cobrado pela ONU e pela Anistia Internacional para que investigue todas as pessoas envolvidas nos incidentes relatados.
Veja o que o site Operamundi revelou hoje a respeito:
Wikileaks: Militares dos EUA mataram 680 civis iraquianos em postos de controle
Militares americanos mataram 680 civis iraquianos inocentes, sendo 30 crianças, em postos de controle no país árabe, pelos documentos divulgados pela organização WikiLeaks em seu site. Os militares, que tinham recebido ordens de disparar contra todo veículo que não parasse nesses controles, mataram quase seis vezes mais civis do que insurgentes. Segundo os sobreviventes de alguns desses incidentes, as tropas americanas abriram muitas vezes fogo sem aviso prévio.
Em 14 de junho de 2005, marines americanos dispararam contra um veículo no qual viajavam 11 civis que não parou em um controle de Ramadi ao oeste de Bagdá. Nesse incidente morreram sete pessoas, incluindo duas crianças.
As forças da coalizão que invadiram o Iraque foram também acusadas de excessos nos ataques com helicópteros.
Na sexta-feira (22/10), a imprensa internacional noticiou que os documentos sobre a guerra informariam que os Estados Unidos tomaram conhecimento, mas não investigaram alguns casos de abusos e torturas cometidos por soldados e policiais iraquianos contra presos.
Barack Obama, que assumiu promtendo dar um fim em tudo isso, parece estar diretamente envolvido na operação para acobertar os crimes de guerra americanos.