Rapidinhas
A insistência do promotor paulista contra Tiririca já passou dos limites e revela apenas o preconceito da elite paulista por ver um palhaço eleito no lugar dos seus representantes, preteridos por um eleitorado interessado em protestar contra os políticos tradicionais.
Já seria o caso do próprio Tiririca processar o promotor por racismo contra nordestinos e tirá-lo da sua função. Aliás, a ala serrista do PSDB, que inclui FHC (e representa gente como esse promotor), parece que não aceitar a derrota e a consequente desimportância adquirida pelo seu partido. Foram contaminados pelo virus do Tea Party, a ultra-direita da Partido Republicano dos Estados Unidos que não se conforma em ver um negro governando seu país, usando discursos a favor da paz, a favor da integração mundial e outros que vão contra a auto-imagem de líderes hegemônicos que eles mesmos construíram para sí.
É duro perder o poder.
Tenho um filho jornalista, muito envolvido com política. Acho interessante como ele encara a vida, como se fossem etapas, fases que vão passando.
Ontem ele me disse que tinha boas intuições sobre 2011 e que sabia desde o início que o ano de 2010 seria difícil, mas que resultaria numa nova fase, muito melhor.
Ah, como eu gostaria de ter sua certeza. Também achei 2010 difícil, mas quando olho pra frente vejo meus 60 anos se aproximando (em março próximo) e me pergunto o que fiz nessa vida. Vejo tanta gente correndo atrás de fama e carreira, dinheiro, e essas coisas, e penso que passei os últimos 30 anos cuidando de filhos e vivendo sonhos imposssíveis. Mas quando olho pra trás e vejo os cinco filhos, me lembro da música de Daniela Mercury, que já me fez chorar uma vez: são cinco meninos, são cinco destinos... e quando olho para os outros, para os que correram atrás do que chamam de realidade, fico feliz de ter me dedicado a eles, da minha maneira meia maluca mas de qualquer forma, permitindo que eles vivessem algum tipo de sonho perdido, em alguma longínqua cidade do interior. Sonhos que talvez os movam hoje de alguma maneira.
E vejo também como a solidão, que me impus para criá-los me ajudou a desenvolver esse dom que me move hoje, que é o de escrever. Foi uma troca maravilhosa e mesmo nos meus fracassos com eles, tenho a sensação de ter acertado em alguma coisa, de tê-los conduzido por uma espécie de terra do nunca, adaptada à realidade brasileira e de ter transmitido a eles esse imenso amor que sinto pelo Brasil.
Fazer 60 anos é muito bom, quando se pode olhar pra trás sem se arrepender do que vivemos, quando se pode olhar para os lados e ver os muitos amigos que garimpamos pela vida e que ainda estão ao nosso lado. Talvez 2011 seja mesmo um ano melhor, ano de coisas novas, que como sempre serão difíceis. Ano de semeaduras e quem sabe, para quem plantou, ano de boas colheitas.
Tenho um filho jornalista, muito envolvido com política. Acho interessante como ele encara a vida, como se fossem etapas, fases que vão passando.
Ontem ele me disse que tinha boas intuições sobre 2011 e que sabia desde o início que o ano de 2010 seria difícil, mas que resultaria numa nova fase, muito melhor.
Ah, como eu gostaria de ter sua certeza. Também achei 2010 difícil, mas quando olho pra frente vejo meus 60 anos se aproximando (em março próximo) e me pergunto o que fiz nessa vida. Vejo tanta gente correndo atrás de fama e carreira, dinheiro, e essas coisas, e penso que passei os últimos 30 anos cuidando de filhos e vivendo sonhos imposssíveis. Mas quando olho pra trás e vejo os cinco filhos, me lembro da música de Daniela Mercury, que já me fez chorar uma vez: são cinco meninos, são cinco destinos... e quando olho para os outros, para os que correram atrás do que chamam de realidade, fico feliz de ter me dedicado a eles, da minha maneira meia maluca mas de qualquer forma, permitindo que eles vivessem algum tipo de sonho perdido, em alguma longínqua cidade do interior. Sonhos que talvez os movam hoje de alguma maneira.
E vejo também como a solidão, que me impus para criá-los me ajudou a desenvolver esse dom que me move hoje, que é o de escrever. Foi uma troca maravilhosa e mesmo nos meus fracassos com eles, tenho a sensação de ter acertado em alguma coisa, de tê-los conduzido por uma espécie de terra do nunca, adaptada à realidade brasileira e de ter transmitido a eles esse imenso amor que sinto pelo Brasil.
Fazer 60 anos é muito bom, quando se pode olhar pra trás sem se arrepender do que vivemos, quando se pode olhar para os lados e ver os muitos amigos que garimpamos pela vida e que ainda estão ao nosso lado. Talvez 2011 seja mesmo um ano melhor, ano de coisas novas, que como sempre serão difíceis. Ano de semeaduras e quem sabe, para quem plantou, ano de boas colheitas.
Amigos
Por falar em amigos, é impressionante como muitos amigos que andavam sumidos tem reaparecido nos últimos tempos. Começou em 2009, com Glória e Lucho, amigos chilenos, continuou esse ano com Eliane do Rio, Juca e Odete, de Vitória, Patter, outro chileno contemporâneo da Faculdade de Arquitetura da Universidad de Chile, Mônica, do curso de linguística da Uneb, Genny Xavier dos tempos da Prefeitura de Itabuna e agora Regina Reis, que me convida para a festa de 25 anos de formatura de sua turma na Faculdade Dulcina de Moraes em Brasília, no dia 20 de novembro, cujo convite está aí ao lado.
Pura alegria de reencontros. Viva a internet.